quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Braços de abraços

 Meus barços estão vazio...
 Acordo tarde e procuro entre os lençóis, onde estão os braços que tanto ânseio sentir?
 Olho para os lados e sei da distância, das incertezas, mesmo assim insisto em querer aqueles braços, que povoam os meus sonhos, fechando-se em torno de mim, num movimento perfeito. Teus braços fecham o meu corpo, assim como os meus envolvem o teu espaço, ficariamos assim grudados, como se essa fosse a única tranca que aprisiona duas almas para tornarem-se uma só.
 Será que teus braços ainda estão a esperar que meu corpo preencha este espaço que ainda está vazio?
 Penso nas palavras, relembro cada sílaba dita no calar da noite, cada suspiro dado e cada promessa feita, tudo dará certo, sua voz me diz no silêncio que fica entre os quilometros que nos separam dia a dia. Quero manter meus braços assim, vazios a tua espera, mesmo que fique só na promessa de um sonho, num encontro fulgurante, onde tudo é incerteza além da chama que nos consome.
 Sibilo teu nome entre dentes e arrepios, queria poder percorrer distâncias com a mesma velocidade do meu pensamento, mas ainda assim, titubeio ao ouvir-te dizer: Te amo... Meu coração suspende, meu ar falha e eu desfaleço. Será isso, tudo de novo? A distância, a ânsia, o espaço vazio até que por fim pereça.
 Te escuto, te sinto mesmo nunca sendo possível... Te quero, te preciso para voar alto com nossas asas.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Parabéns...

Parabéns para mim, parabéns pra você... Um ano de pato (ou seria pata?!)



 Lembro dessa música entre tantas outras, cantaroladas num quarto qualquer, numa penumbra qualquer...

"...E me diz: pra mim o que é que ficou?"

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Banksy

 Recordando do meu curto período como aluna do curso de Artes Visuais da UFPel...

 Lembro-me das aulas de ensino da arte, onde a professora falava muito da grafitagem como arte e das diferenças entre a grafitagem e a pixação. Ela (a professora Sandra) sempre colocou o nome do Banksy como referência ao artísta multifuncional, pois ele além de grafiteiro, escultor, pintor, desenhista e "animatrônico (será que esse termo existe?!) sempre usou sua arte para impactar, questionar e causar reflexão sem que isso fosse diretamente ligado a necessidade de fama pessoal - Ele nunca foi visto "on work" e as poucas imagens que se tem dele, o mesmo está sempre mascarado.

 Em suma, o cara é uma incógnita do mundo das artes, embora seu trabalho seja mundialmente conhecido e reconhecido. Hoje, recebendo meus e-mails diários, vi essa vinheta e simplesmente precisei registrar:



 Me lembrou um pouco a última exposição que vi dele (vi pela tv, pq nunca sai do Brasil até o presente momento ¬¬). Aparentemente inocente, profundamente relevante e no mínimo deixa uma pergunta incômoda do fundo no nosso subconsciênte... De onde vêm tudo isso?

 Reproduzindo um trecho da matéria que segue com o vídeo:
"A polêmica se dá quando o grafiteiro mostra um ambiente imundo repleto de trabalhadores asiáticos - muitos dos quais parecem ser crianças - trabalhando em produtos vinculados à marca "Os Simpsons" - como camisetas e bonecos do Bart feitos de gatos mortos.

A inspiração teria surgido a partir de boatos que grande parte do trabalho que envolve a série seria realizado na Coréia do Sul." -   Blog - Sidney Rezende 


 Logo me pergunto... Será que alguém viu, será que foi ao ar ou caiu naquele buraco negro, que suga todos os questionamentos que a arte costuma fazer mas que muitos dizem que é coisa de "intelectual" e logo passa por cima sem dar a mínima importância?! Bom, disso eu não sei, mas deixo aqui meu agradecimento ao Comaru Sama, por ter dividido e ao Sr. SRZD por ter divulgado.




quarta-feira, 6 de outubro de 2010

...


 Nunca fui boa, quando a situação pede silêncio. Sempre fui de falar, as vezes de mais, por vezes em momentos inoportunos. Mas sei que hoje, a palavra não é necessária. Um abraço silêncioso seria muito mais significativo, do que qualquer som que o ser humano pudesse emitir.

 A distância me impede, um gesto silêncioso de conforto, um afago necessário. Embora minha mão continue estendida, e meu abraço sempre aberto para receber-te em meu regato de amparo. Por isso, sinta-se abraçado pelas minhas palavras, se é que isso tem algum sentido, num momento vazio como esse:

 Adeus

 As vezes o adeus nunca é dito
 Por vezes, deixamos ele para mais tarde,
 Na confiança do amanhã.
 O vento assovia os murmúrios dos idos
 Para lembrar aos presentes,  o adeus não dito
 Mas que ainda aguarda por ser proferido.

 A cotovia canta, o rouxinol declama
 Bem vindo ao dia, o adeus a noite
 Dorme... Lua vigilante,
 Dê o adeus aos meus mortos,
 Enquanto eu recepciono os bem nascidos
Que adio mais um dia o adeus não dito.

... Sem mais, além da certeza que tu saiba, que sinto muito por não poder estar ai, no momento em que precisas de um abraço e nada mais.