Meus barços estão vazio...
Acordo tarde e procuro entre os lençóis, onde estão os braços que tanto ânseio sentir?
Olho para os lados e sei da distância, das incertezas, mesmo assim insisto em querer aqueles braços, que povoam os meus sonhos, fechando-se em torno de mim, num movimento perfeito. Teus braços fecham o meu corpo, assim como os meus envolvem o teu espaço, ficariamos assim grudados, como se essa fosse a única tranca que aprisiona duas almas para tornarem-se uma só.
Será que teus braços ainda estão a esperar que meu corpo preencha este espaço que ainda está vazio?
Penso nas palavras, relembro cada sílaba dita no calar da noite, cada suspiro dado e cada promessa feita, tudo dará certo, sua voz me diz no silêncio que fica entre os quilometros que nos separam dia a dia. Quero manter meus braços assim, vazios a tua espera, mesmo que fique só na promessa de um sonho, num encontro fulgurante, onde tudo é incerteza além da chama que nos consome.
Sibilo teu nome entre dentes e arrepios, queria poder percorrer distâncias com a mesma velocidade do meu pensamento, mas ainda assim, titubeio ao ouvir-te dizer: Te amo... Meu coração suspende, meu ar falha e eu desfaleço. Será isso, tudo de novo? A distância, a ânsia, o espaço vazio até que por fim pereça.
Te escuto, te sinto mesmo nunca sendo possível... Te quero, te preciso para voar alto com nossas asas.
Lindo! Não uso minhas palavras mas tomo emprestado de um portugues q, com certeza, ja sentiu ou sente o mesmo q eu.
ResponderExcluirA Estória do Gato e da Lua
“No princípio era o negro absoluto, a imensidão calma da noite.
Depois ela surgiu e tudo mudou.
Há muito que deixei de a procurar, agora tudo é mais calmo.
Aprendi que o melhor é esperar. Ela virá quando puder... ou quiser.
Sei que um dia virá ter comigo, senão porque passaria horas a fio, noites inteiras a observar-me?
Nada mais importa. Eu espero...
Mas nem sempre fui assim.
Depois de a conhecer a minha vida mudou. Procurei segui-la, por ela atravessei mares, corri oceanos, cheguei mesmo a andar à deriva. Tudo fiz para a encontrar. Quando julguei estar perto... estava ainda bem longe.
Senti-me perdido, sem saber o que fazer. No meio de tanto mar o barco tornava-se cada vez mais apertado, o mundo cada vez mais pequeno para toda aquela paixão!
Foi então que mudei de vida. Arranjei casa e confortavelmente instalado, julguei irrecusável a minha proposta.
Mas, de novo, ela fugiu.
Desesperado, fui então de telhado em telhado atrás dela, escravo daquele desejo, prisioneiro daquela atracção que pouco a pouco me deixava cada vez mais só.
E o tempo passou...
Agora já não corro, espero apenas.
O resto não importa...”