sábado, 6 de novembro de 2010

Reflexões

As vezes, pensamos que nossas dores são demasiadas, nossos problemas os mais absurdos da vida... Quanta injustiça recai sobre nós sem aviso prévio, sem levar em consideração nossos cronogramas, necessidades, ânsias. Nos vêmos, como almas atormentadas por impasses indissolúveis e sem condições humanas de resolução.

 Afinal, porque perder horas admirando o céu azul, com o engarrafamento que se forma? Corra, corra, talvez você consiga evitar, atrasar-se para a novela das 8h. Quem se importa, que na primavera, os campos escurecidos pela noite, pululam de vida brilhante, no pulsar dos pirilâmpos que vagueiam aqui e acolá, sumindo para reaparecer num bailado ordeiro e magico, se 30min a mais de estacionamento pode sair uma exorbitância?!

 Sim, temos problemas horrendos. Contas a pagar, prestações de contas a dar, lamentações a fazer para ouvidos surdos que insistem em sorrir mas nada processar, somos imcapazes de olhar o que se mostra puro todos os dias, pequenos milagres que com o passar do tempo, são esquecidos, substituidos pelos martírios da vida. É, pobre de nós, adultos tolos que passamos a não vêr magia no dia, quando na verdade deveriamos afinar nossos sentidos com o tempo... Ao invéz disso, morremos cada dia mais, cada minuto mais... Quanta pressa.



 Ouça, veja, pense um pouco mais. Quem sabe assim, você volta a afinar seus sentidos adultos e vêr (ou dividir)a magia que se reflete nos olhos dos pequenos.

 Arve(Rafa)... Obrigada por mostrar o vídeo, amanhã vou acordar cedo, pra vêr o céu azul e quem sabe, fazer bolhas de sabão.

Um comentário:

  1. Bom... que eu posso falar né? Me desmanchei em lágrimas assistindo o vídeo e pensando coisas semelhantes.

    E nossos "grandes" problemas ficam tão pequenos diante da grandeza da atitude dessas pessoas, diante da felicidade estampada no rosto dessas crianças que em seus poucos anos já carregam mais problemas do que nós em nossa "adultice". Me senti envergonhado por reclamar da vida como se só existisse a mim no mundo.

    E fico pensando aqui na minha ingenuidade idealista: como são ricas essas pessoas. Como elas vão ficar caducas, vão esquecer seus empregos, seus amigos, seus namorados, seus fracassos e sucessos mas sempre, até o último momento de vida, vão lembrar dessas pequenas cenas.

    E aí eu descobri a beleza de ser um bobo ingênuo e idealista: você sempre terá uma gotinha de felicidade escondida em algum lugar, pois sempre terá um ideal (utópico ou não) para perseguir. E é isso que dá sentido às vidas sem sal de hoje em dia.

    Plagiando e parodiando um certo poeta: Que me perdoem os descrentes, mas a ingenuidade é fundamental.

    Parabéns pelo post... ficou ótimo! :-)

    Bjinhos

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