quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Passando

A primavera chegou e eu nada disse, Beltane se fez e eu nada escrevi. Estranho só me dar conta disso agora, embora o passar do tempo e das devidas datas, não me tenha passado desapercebido.

 Acredito que o ano encaminha-se para o seu fim (que novidade ¬¬) mas ainda assim, sinto como se ele nao tivesse realmente discorrido sobre mim, pode parecer surreal uma afimação assim, mas é exatamente como me sinto. Como se nada tivesse realmente acontecido.

 Essa sensação de que 2010 não passou de um suspiro involuntário (ou seria um murmúrio sentido?!) passou a me acompanhar com uma certa insistência nos últimos dias. De certa forma ainda me questiono o que realmente me leva a crer nissos, mas sinceramente não sei. Eu mudei, movi-me, modifiquei-me... Passei por cima de conceitos, que até então acreditava serem rígidos como aço, mas que se mostraram muito mais ideias utópicos do que conceitos práticos, em fim, acho que cresci um pouco mais.

 Conheci pesoas ótimas, cultivei grandes amigos (daqueles que ficam pra vida toda - XD Oi Clá, Raposa, Ícaro e Miguel!) mas ainda assim, sinto que tudo não passa de uma espécie de "estado comatoso". Como se todos esses quase 320 dias do ano não passasem de minutos (ou aquela sensação estranha de deja vu). Mas o mais engraçado de tudo é que, não mais me ocorre o porque desta sensação incômoda.

 Por algum tempo, acreditei que fosse devido a desilusões; depois cheguei a acreditar que fosse puro tédio... Mas por fim, não identifico o motivo real dessa sensação, mesmo assim o tempo segue passando, dando-me conta disso ou não. Não li praticamente nada esse ano, não estudei 1/5 do que eu poderia ter estudado, não fiz quase nada do que tinha me proposto a fazer (embora me lembre de um certo texto, onde eu me comparava a uma Phênix... ~.~ Desconcertante essa lembrança, devo confessar) Em resumo, é como se me sentisse em "STAND BY". Será que 2010 vai começar agora?

 Provávelmente não, visto que vejo a repetição do verão passado: Trabalho árduo, lugares lindos mas que pouco me tocam, um certo vazio inexplicável... Acho que é certo dizerem, que a partir do momento que nascemos, morremos um pouquinho. Trágico, sombrio mas profundamente verdadeiro. Desejo tantas coisas, todas elas fora do alcance dos meus dedos, acho que é por isso o apelido carinhosos de "vento brincalhão".

 Certa vez, me perguntaram: O que vc quer Elisa? - Lembro de dizer você... Depois, lembro de dizer o mundo. Mas quer saber, acho que não quero mais nada. Porque as vezes querer é poder e quando se pode, nada mais parece atrativo. Não tive quem quis, nem ganhei o mundo em uma bandeja, mas continuo desejando a ambos. Por isso, deixa o tempo passar... Vai que uma hora eu esqueço e passo a desejar outras coisas, menos improváveis ou mais viáveis, como o simples parar o tempo.

 Acho que perdi o "fio da meada" aqui; talvez seja justamente por isso que esta sensação de "Cadê 2010?" aida perdure em mim... Me perco fácil, deixo a mente vagar por lugares insólitos e quando me dou conta - puf -  lá se foi mais um ano que eu nem sei como passou. Vamos vêr se esses poucos dias que me sobram de 2010 ainda são aproveitáveis, quem sabe eu consigo algo memorável - tá, menos, ja fico contente com algo "lembráve".

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