Sabe as vezes a poesia pode ser soturna, sombria, deprimente... E nem por isso menos sensível. Certa vez, numa discução, me disseram que Baudelaire era sorumbático de mais para poder falar de sentimentos humanos, além da perda e da desolação. Mas o que é o ser humano, além de um apanhado de tecidos e sentimentos?
Os poetas, em sua maioria, tem suas melhores (ou maiores) produções quando: a) estão apaixonados ou b) estão de coração partido.
Mas ainda existe uma pequena parcela, que explora o outro lado...
"Sonhei que tinhas morrido,
tentei chorar meu pesar
e não consegui.
Pois ao fitar teu rosto inerte,
só alívio, consegui sentir.
Procurei em mim, os momentos felizes
E de lá tirar lágrimas para te banhar,
pois o adeus se aproximava.
Mas apenas lembranças amargas me vinham,
e ao ver-te lívido,
ao invéz de tristeza,
só encontrei paz de espírito.
A sepultura, baixaste por fim
Uma única rosa por ti ...
Mesmo feliz eu tinha que te dar,
um último presente, antes de partir."
Adorei, copiei. Augusto dos Anjos te saudaria.
ResponderExcluirE concordo, históricamente os bom poetas, os conhecidos e faosos por seus bons versos tinham sua produção quando estavam ou: desligados, tristes, esquecidos pela sociedade; Ou: apaixonados, amando cegamente, encantados; Ou ainda: adoentados, morrendo ou ja no leito de morte.