terça-feira, 13 de julho de 2010

Madrugadas insônes são para se refletir.

 As noites nessa época do ano tendem a ser mais longas, mais escuras e profundas. São noites assim que nos levam a pensamentos mais introspectivos, a ponderações que talvez venham a fazer diferença no que somos e temos como verdades até então definidas.

 Ok, um pouco profundo de mais para uma terça-feira (técnicamente 01:00 am), mas sabe aquela sensação que a madrugada trás aos insônes convictos? É nesse período indefinido que as coisas parecem mais certas e possíveis, onde a boêmia se tornava lúgubre e poética e onde a decadência da vida assume um tom onírico quse belo se observado com descuido.

 Os becos, mesmo assustadores, parecem portas ao desconhecido, onde cada luz que se projeta é sépia sob uma pintura sorumbática... Sim as madrugadas são de Byron e sua decadência, são dos sonhos mais impossíveis e também das verdades mais profundas, é nesse limbo entre o dia e a noite que mora a genialidade, a filosofia, o romântismo bobo e a demência dos lunáticos.

 E tomada por toda essa ânsia que as madrugadas me enchem, essa vontade de acertas as coisas que o dia arruinou, resolver as dúvidas que a noite me traz e ir dormir mais leve para recomeçar tudo de novo eu resolvi expressar o quão magica as madrugadas são para mim. Pois é na madrugada que não me preocupo com os "On/Off" da vida e é quando pondero sobre a real importância deles no meu dia.

 Nenhuma resolução de madrugada é duradoroura o suficiente que resista até o nascer do sol, assim como não há embriaguez que se mantenha doce o suficiente para que tudo seja fácil e tenha sentido por mais que alguns suspiros, mas a próxima madrugada promete ser mais escura, mais profunda e quanto amis longa ela for, mais longa será a duração de outra resolução filosófica, auto-protetora e poética.

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