Em Satolep, chove torrêncialmente a pelo menos um dia... A chuva sempre esteve presente na minha vida, no mês do meu aniversário, que é um dos que mais chove no hemisfério sul, sempre chove no preciso dia do meu nascimento. Minha mãe conta que, no dia que nasci, a algumas décadas atrás, chovia tanto, que era difícil saber se era dia ou noite.
Nos últimos meses, tem chovido bastante também, este ano, no verão... Choveu pra caramba, o começo do ano, choveu pra caramba... Agora, está chovendo pra caramba ><'. E eu sempre me sinto assim, como me sinto hoje, meio cinza, meio molhada (feito um pinto), meio desenchavida e sem graça. Lá fora o vento ruge, xaqualhando as árvores e embalando a chuva que bate na janela, mesmo assim sinto o frio que escapa pelas frestas e me atinge como navalha.
Por que será que me sinto assim, sempre que chove? Justo eu que nasci com chuva (que sou chuva), que só queria ser chuva pra escorrer livre pelo teu rosto e sussegar, quando encontrasse a tua boca... Será que um dia vou poder ser gota de novo ou vou ser vento pra sempre?!?!
Não gosto de vento e nem de como me sinto com chuva. Acho que preciso de sol, sei lá, fotosintetizar um pouco pra vêr se entro nos eixos, se volto a vestir um sorriso ou simplesmente correr por ai... É, quem sabe afinal, com as brisas quentes da primavera, eu volte...
Ou me acostume a ser assim mesmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário