terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Para não dizer, que nunca falei de família!

 Estou longe, muito, muito longe de onde costumo estar, mesmo assim recebo coisas legais e este e-mail, vem bem a acalhar no momento atual, pois tenho andado com vontade de escrever, mas devido a distância e as dificuldades de acesso neste mundo louco, meu tempo se tornou pequeno, para digitar tudo que se passa desassossegado aqui dentro, por isso... Divido com vocês.

"Família é prato difícil de preparar"

Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente.
E você?  É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. Não há pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza.

Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa.
Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada.
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini, Família à Belle Meuni; Família ao Molho Pardo,  em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é a  Moda da Casa. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha.  Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.

Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.

extraido de (de "O Arroz de Palma”, de Francisco Azevedo) 

 Prometo retornar com mais tempo, quem sabe até comentar alguma coisa sobre este mesmo texto, mas por hora, apenas um Feliz Natal atrasado e um desejo de bom Ano Novo antecipado.

 Kissus

domingo, 12 de dezembro de 2010

Natal no mundo digital!



 Os tempos mudam, mas a intenção continua a mesma!

 Desde já, desejando a todos, um Feliz Natal

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Hoje o dia está assim, pesado na melhor das definições. Não há nada de interessante para se fazer, embora minha cabeça fervilhe de idéias a serem postas em prática, mas elas simplesmente não saem.

 Por isso achei por bem vir escrever, enquanto a minha lista de tarefas, domésticas, segue a acumular-se numa proporção gigantesca, mas me falta a vontade de iniciálas. Queria escrever algo inteligente, divertido, quem sabe até um pouco cástico, como as coisas que tem pipocado na net sobre os assuntos mais diversos: Rio e seus tiroteios, Sampa e seus problemas, o calor do verão que se avizinha; Mas nada me ocorre, ao menos nada que se pareça com inteligente, divertido ou cáustico ¬¬... Será que simplesmente não sei mais escrever?

 Acho que com o tempo, tenho pouco a pouco, perdido o jeito para a "coisa" sabem?! Antes, minha cabeça sempre fervilhava com idéias para resumos, aventuras, histórias e contos. Tudo parecia me evocar a alguma aventura não contada, todo fato narrado podia transformar-se rápidamente em uma narrativa épica e eletrizante, mas nos últimos tempos, o máximo que chego são a algumas linhas perdidas, depois de conversar muito com alguns amigos, e ainda assim, nada muito empolgante.

 No começo, acreditei ser apenas bloqueio de criatividade, depois culpei meus desamores, mas acho que a real motivação, desta minha falta de imaginação, seja simplesmente a velhice. E não me refiro a velhice do corpo, não, conheço muitos "velinhos" que são um show a parte em vivacidade, sagacidade e imaginação. Velinhos que deixariam Poe de calças arriadas no chão e o Verne de cabelos em pé. Resolvido o parâmetro de velhice, acredito que agora seja mais fácil prosseguir. A velhice que me acomete é o desgaste da cabeça, ou da alma para os mais românticos, nada parece ter o mesmo gosto ou a mesma importância, tudo parece desgastado ou velho, de certa forma puído de significados.

 Acho que assim como o ano que se esvai (e eu continuo tendo a sensação de que 2010 está sendo um suspiro involuntário) a velice se avizinha, seria esse sentimento de desuso, de descarte que as coisas velhas e inanimadas sentem, quando estão prestes a serem substituidas? O ano será substituido por um novo, as expectativas faram o mesmo... Mas e eu?

 Estou divagando, perdoem-me, não vim aqui para discutir sobre isso (discutir com quem, sua desmiolada?!?!!?) Vim aqui para tentar escrever alguma coisa interessante, mas acho que não será hoje - em verdade, não tenho feito isso a um bom tempo, podem dizer. Por isso vou me restringir a deixar uma sugestão fora de hora e de lugar; Leiam Brillat, a mim tem servido de inspiração de certa forma (tá, a quem eu quero enganar ¬¬) e tem me feito compania nessas noites insônes de primavera, enquanto o mundo lá fora pupula de criatividade.

 É isso, por fim, não escrevi nada de nada... Talvez apague esse post e substitua por algo mais interessante, não sei... Ou talvez simplesmente apague, sei lá.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Desejos


 Trocaria o sol, pela lua;
 Deixaria as amarras, marcarem meus pulsos;
 Fecharia os olhos, e diria sim, sem pestanejar.
 Tudo para pode teus lábios tocar
 Tuas mãos sentir e na tua pele desmanchar.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

♫♥♫♥♫♥♫♥

Essa semana passei com o coração apertado, uma angustia que a muito tempo não se assomava ao meu peito... Uma sensação de incorrigível perda e desalento.





"...Dê uma chance pra vida te mostrar
Um jeito menos doloroso de se despedir..."

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Passando

A primavera chegou e eu nada disse, Beltane se fez e eu nada escrevi. Estranho só me dar conta disso agora, embora o passar do tempo e das devidas datas, não me tenha passado desapercebido.

 Acredito que o ano encaminha-se para o seu fim (que novidade ¬¬) mas ainda assim, sinto como se ele nao tivesse realmente discorrido sobre mim, pode parecer surreal uma afimação assim, mas é exatamente como me sinto. Como se nada tivesse realmente acontecido.

 Essa sensação de que 2010 não passou de um suspiro involuntário (ou seria um murmúrio sentido?!) passou a me acompanhar com uma certa insistência nos últimos dias. De certa forma ainda me questiono o que realmente me leva a crer nissos, mas sinceramente não sei. Eu mudei, movi-me, modifiquei-me... Passei por cima de conceitos, que até então acreditava serem rígidos como aço, mas que se mostraram muito mais ideias utópicos do que conceitos práticos, em fim, acho que cresci um pouco mais.

 Conheci pesoas ótimas, cultivei grandes amigos (daqueles que ficam pra vida toda - XD Oi Clá, Raposa, Ícaro e Miguel!) mas ainda assim, sinto que tudo não passa de uma espécie de "estado comatoso". Como se todos esses quase 320 dias do ano não passasem de minutos (ou aquela sensação estranha de deja vu). Mas o mais engraçado de tudo é que, não mais me ocorre o porque desta sensação incômoda.

 Por algum tempo, acreditei que fosse devido a desilusões; depois cheguei a acreditar que fosse puro tédio... Mas por fim, não identifico o motivo real dessa sensação, mesmo assim o tempo segue passando, dando-me conta disso ou não. Não li praticamente nada esse ano, não estudei 1/5 do que eu poderia ter estudado, não fiz quase nada do que tinha me proposto a fazer (embora me lembre de um certo texto, onde eu me comparava a uma Phênix... ~.~ Desconcertante essa lembrança, devo confessar) Em resumo, é como se me sentisse em "STAND BY". Será que 2010 vai começar agora?

 Provávelmente não, visto que vejo a repetição do verão passado: Trabalho árduo, lugares lindos mas que pouco me tocam, um certo vazio inexplicável... Acho que é certo dizerem, que a partir do momento que nascemos, morremos um pouquinho. Trágico, sombrio mas profundamente verdadeiro. Desejo tantas coisas, todas elas fora do alcance dos meus dedos, acho que é por isso o apelido carinhosos de "vento brincalhão".

 Certa vez, me perguntaram: O que vc quer Elisa? - Lembro de dizer você... Depois, lembro de dizer o mundo. Mas quer saber, acho que não quero mais nada. Porque as vezes querer é poder e quando se pode, nada mais parece atrativo. Não tive quem quis, nem ganhei o mundo em uma bandeja, mas continuo desejando a ambos. Por isso, deixa o tempo passar... Vai que uma hora eu esqueço e passo a desejar outras coisas, menos improváveis ou mais viáveis, como o simples parar o tempo.

 Acho que perdi o "fio da meada" aqui; talvez seja justamente por isso que esta sensação de "Cadê 2010?" aida perdure em mim... Me perco fácil, deixo a mente vagar por lugares insólitos e quando me dou conta - puf -  lá se foi mais um ano que eu nem sei como passou. Vamos vêr se esses poucos dias que me sobram de 2010 ainda são aproveitáveis, quem sabe eu consigo algo memorável - tá, menos, ja fico contente com algo "lembráve".

sábado, 6 de novembro de 2010

Reflexões

As vezes, pensamos que nossas dores são demasiadas, nossos problemas os mais absurdos da vida... Quanta injustiça recai sobre nós sem aviso prévio, sem levar em consideração nossos cronogramas, necessidades, ânsias. Nos vêmos, como almas atormentadas por impasses indissolúveis e sem condições humanas de resolução.

 Afinal, porque perder horas admirando o céu azul, com o engarrafamento que se forma? Corra, corra, talvez você consiga evitar, atrasar-se para a novela das 8h. Quem se importa, que na primavera, os campos escurecidos pela noite, pululam de vida brilhante, no pulsar dos pirilâmpos que vagueiam aqui e acolá, sumindo para reaparecer num bailado ordeiro e magico, se 30min a mais de estacionamento pode sair uma exorbitância?!

 Sim, temos problemas horrendos. Contas a pagar, prestações de contas a dar, lamentações a fazer para ouvidos surdos que insistem em sorrir mas nada processar, somos imcapazes de olhar o que se mostra puro todos os dias, pequenos milagres que com o passar do tempo, são esquecidos, substituidos pelos martírios da vida. É, pobre de nós, adultos tolos que passamos a não vêr magia no dia, quando na verdade deveriamos afinar nossos sentidos com o tempo... Ao invéz disso, morremos cada dia mais, cada minuto mais... Quanta pressa.



 Ouça, veja, pense um pouco mais. Quem sabe assim, você volta a afinar seus sentidos adultos e vêr (ou dividir)a magia que se reflete nos olhos dos pequenos.

 Arve(Rafa)... Obrigada por mostrar o vídeo, amanhã vou acordar cedo, pra vêr o céu azul e quem sabe, fazer bolhas de sabão.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Braços de abraços

 Meus barços estão vazio...
 Acordo tarde e procuro entre os lençóis, onde estão os braços que tanto ânseio sentir?
 Olho para os lados e sei da distância, das incertezas, mesmo assim insisto em querer aqueles braços, que povoam os meus sonhos, fechando-se em torno de mim, num movimento perfeito. Teus braços fecham o meu corpo, assim como os meus envolvem o teu espaço, ficariamos assim grudados, como se essa fosse a única tranca que aprisiona duas almas para tornarem-se uma só.
 Será que teus braços ainda estão a esperar que meu corpo preencha este espaço que ainda está vazio?
 Penso nas palavras, relembro cada sílaba dita no calar da noite, cada suspiro dado e cada promessa feita, tudo dará certo, sua voz me diz no silêncio que fica entre os quilometros que nos separam dia a dia. Quero manter meus braços assim, vazios a tua espera, mesmo que fique só na promessa de um sonho, num encontro fulgurante, onde tudo é incerteza além da chama que nos consome.
 Sibilo teu nome entre dentes e arrepios, queria poder percorrer distâncias com a mesma velocidade do meu pensamento, mas ainda assim, titubeio ao ouvir-te dizer: Te amo... Meu coração suspende, meu ar falha e eu desfaleço. Será isso, tudo de novo? A distância, a ânsia, o espaço vazio até que por fim pereça.
 Te escuto, te sinto mesmo nunca sendo possível... Te quero, te preciso para voar alto com nossas asas.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Parabéns...

Parabéns para mim, parabéns pra você... Um ano de pato (ou seria pata?!)



 Lembro dessa música entre tantas outras, cantaroladas num quarto qualquer, numa penumbra qualquer...

"...E me diz: pra mim o que é que ficou?"

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Banksy

 Recordando do meu curto período como aluna do curso de Artes Visuais da UFPel...

 Lembro-me das aulas de ensino da arte, onde a professora falava muito da grafitagem como arte e das diferenças entre a grafitagem e a pixação. Ela (a professora Sandra) sempre colocou o nome do Banksy como referência ao artísta multifuncional, pois ele além de grafiteiro, escultor, pintor, desenhista e "animatrônico (será que esse termo existe?!) sempre usou sua arte para impactar, questionar e causar reflexão sem que isso fosse diretamente ligado a necessidade de fama pessoal - Ele nunca foi visto "on work" e as poucas imagens que se tem dele, o mesmo está sempre mascarado.

 Em suma, o cara é uma incógnita do mundo das artes, embora seu trabalho seja mundialmente conhecido e reconhecido. Hoje, recebendo meus e-mails diários, vi essa vinheta e simplesmente precisei registrar:



 Me lembrou um pouco a última exposição que vi dele (vi pela tv, pq nunca sai do Brasil até o presente momento ¬¬). Aparentemente inocente, profundamente relevante e no mínimo deixa uma pergunta incômoda do fundo no nosso subconsciênte... De onde vêm tudo isso?

 Reproduzindo um trecho da matéria que segue com o vídeo:
"A polêmica se dá quando o grafiteiro mostra um ambiente imundo repleto de trabalhadores asiáticos - muitos dos quais parecem ser crianças - trabalhando em produtos vinculados à marca "Os Simpsons" - como camisetas e bonecos do Bart feitos de gatos mortos.

A inspiração teria surgido a partir de boatos que grande parte do trabalho que envolve a série seria realizado na Coréia do Sul." -   Blog - Sidney Rezende 


 Logo me pergunto... Será que alguém viu, será que foi ao ar ou caiu naquele buraco negro, que suga todos os questionamentos que a arte costuma fazer mas que muitos dizem que é coisa de "intelectual" e logo passa por cima sem dar a mínima importância?! Bom, disso eu não sei, mas deixo aqui meu agradecimento ao Comaru Sama, por ter dividido e ao Sr. SRZD por ter divulgado.




quarta-feira, 6 de outubro de 2010

...


 Nunca fui boa, quando a situação pede silêncio. Sempre fui de falar, as vezes de mais, por vezes em momentos inoportunos. Mas sei que hoje, a palavra não é necessária. Um abraço silêncioso seria muito mais significativo, do que qualquer som que o ser humano pudesse emitir.

 A distância me impede, um gesto silêncioso de conforto, um afago necessário. Embora minha mão continue estendida, e meu abraço sempre aberto para receber-te em meu regato de amparo. Por isso, sinta-se abraçado pelas minhas palavras, se é que isso tem algum sentido, num momento vazio como esse:

 Adeus

 As vezes o adeus nunca é dito
 Por vezes, deixamos ele para mais tarde,
 Na confiança do amanhã.
 O vento assovia os murmúrios dos idos
 Para lembrar aos presentes,  o adeus não dito
 Mas que ainda aguarda por ser proferido.

 A cotovia canta, o rouxinol declama
 Bem vindo ao dia, o adeus a noite
 Dorme... Lua vigilante,
 Dê o adeus aos meus mortos,
 Enquanto eu recepciono os bem nascidos
Que adio mais um dia o adeus não dito.

... Sem mais, além da certeza que tu saiba, que sinto muito por não poder estar ai, no momento em que precisas de um abraço e nada mais.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Desespero

 Dormi a noite, com um nó na garganta... Em meio aos lençóis, rolei em ânsia, que me esmagava o coração.

 Hoje, ao acordar virei gavetas, na tentativa de te encontrar, um resquicio, um sentido... Algo que me fizesse acordar e saber o que se passa, passava ou passou?! Não sei, nada encontrei, não houve gaveta que me respondesse as minhas mágoas ou amenizasse a minha angústia.

 Tento virar a página, mas não há o que ser escrito em uma alva brancura nova, rabiscos a esmo é tudo o que me antecede no  livro da vida. Nomes repetidos, rostos retorcidos, nada de nada... Não há esperanças.

 As gavetas ainda estão viradas e seus conteúdos, espalhados pelo chão, não tenho vontade de arrumar nada. Apenas ando sob as lembranças, com pés descalsos e desolação ao fitar tudo sem dar-lhes a devida importância. Não sobrou mais nada, a ânsia segue, pensamentos desordenados.

 Lá fora, o vento joga-se contra as janelas, que me protegem do dia cinza. A chuva cai em pingos grossos, como lágrimas do céu tristonho. Minhas gavetas, agora vazias... Um dia, quem sabe eu me ocupe a preenche-las novamente, com seus conteúdos certos e organizados, até lá, eu volto a dormir, sentindo a mesma ânsia que me esmaga o coração, dia após dia, por não saber o que está por vir. Só a certeza que não vou te encontrar.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O que nunca se vê...

Um sorriso, você vê...
Mas o que você nunca viu.
 Foram as lágrimas,
 que no meu rosto rolaram.
 Momentos depois que você deu as costas,
e partiu para sempre.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Por Byron, Baudelaire e outros mais

 Sabe as vezes a poesia pode ser soturna, sombria, deprimente... E nem por isso menos sensível. Certa vez, numa discução, me disseram que Baudelaire era sorumbático de mais para poder falar de sentimentos humanos, além da perda e da desolação. Mas o que é o ser humano, além de um apanhado de tecidos e sentimentos?
 Os poetas, em sua maioria, tem suas melhores (ou maiores) produções quando: a) estão apaixonados ou b) estão de coração partido.

 Mas ainda existe uma pequena parcela, que explora o outro lado...

"Sonhei que tinhas morrido,
 tentei chorar meu pesar
 e não consegui.
 Pois ao fitar teu rosto inerte,
só alívio, consegui sentir.

 Procurei em mim, os momentos felizes
 E de lá tirar lágrimas para te banhar,
 pois o adeus se aproximava.

 Mas apenas lembranças amargas me vinham,
 e ao ver-te lívido,
  ao invéz de tristeza,
 só encontrei paz de espírito.

 A sepultura, baixaste por fim
 Uma única rosa por ti ...
 Mesmo feliz eu tinha que te dar,
um último presente, antes de partir."

sábado, 11 de setembro de 2010

- Hilário -

Se Alfred Hitchcock fosse vivo, com verteza estaria com aquele risinho típico dos inglêses, estampado no rosto ao vêr esse vídeo. Já eu, como não sou inglêsa, rachei o bico de tanto rir.



 Eu prefiro muito mais os "The Hollywood Street Boys" do que o grupo homônimo que deu origem a essa brincadeira super criativa.

 Um bom final de semanas para todos!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Dia de limpeza

Hoje acordei tarde e mesmo assim resolvida: Dia de limpeza, e não pense que está sendo uma "limpezinha" de armário ou algo do gênero, porque está sendo muito mais que isso.

 Dia de limpar contatos, varrer sujeiras, deletar quinquiliarias inúteis que só trazem peso a minha vida (e por consequência ao meu armário e HD). E lá se forma fotos, papéis, textos, agendas, revistas, arquivos... Dá uma sensação de leveza na alma quando a  gente vê as gavetas arumadinhas, as pastas separadas e o espaço no coração para se cultivar outras flores.

 Acho que com tantos dias comemorativos, como o dia do taxista, dia do professor, dia do sexo... Tinha que ter o dia nacional da faxina, onde se promovesse um ajuste de espaço e contas cosnigo mesmo. Rever conceitos, amigos, prioridades. Saber o que ainda presta o que ainda vale a pena e o que sobrar, jogar tudo num grande saco preto de plástico (reciclável, pra ser politicamente correta XD)

 Por isso, se você é como eu e precisa de espaço extra (afinal coisas saem mas outras estão constantemente entrando para ocupar o lugar) promova um dia da limpeza na sua casa também. Com música alta, sacos e mais sacos, pá e vassoura, tessouras e trituradores... Além de ocupar a mente, refresca a memória com coisas que estavam quase esquecidas (e que não deveriam ser esquecidas) como também pra se desfazer do peso morto que ocupa espaço que deveria ser para coisas novas e bonitas, interessantes e promissoras - Como a minha nova coleção de Culinária mundial.

 Vou voltar a limpeza, pq o HD já terminou de deletar os kilos de imagens, textos, contatos e músicas que não me faziam bem e volto para os armários, pois ainda existem outras toneladas de coisas pra serem jogadas fora, enquanto eu sigo cantando (desafinadamente).




"Pingos de chuva e 
Bigodes de gatos
Tachos brilhantes de cobre
Luvas quentes de lã
Pacotes de papel marrom
Amarrados com cordão
Estas são algumas
Das minhas coisas favoritas..."

                                                      Letra de John Coltrane















segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Do que é feito um bem-casado

 Sei que o mês dos namorados já passou, o mesmo vale para as noivas, amores e afins. Mas a horas que penso em postar algo do gênero e não me refiro a "choros" ou "velas" sobre o assunto, nada disso, queria postar algo leve e que serviçe a um propósito poético.


Bom eu sempre guardo coisas que considero interessantes quando as leio, seja em forma de recortes ou em arquivos on-line e hoje, remexendo nas minhas pilhas de papel eu acredito ter encontrado o que procurava. Fala sobre o Bem-Casado: Doce de origem portuguesa, que é o simbolo da união e ítem obrigatório nos cardápios de casamentos tradicionais, nas feiras sobre o assunto é  ítem mais versátil, indo de simples lembrancinhas até a mesa principal, substituindo o bolo em casos mais arrojados.

 Bom, eu fiquei intrigada de porque esse doce é considerado o simbolo máximo da união perfeita e duradoura e sabe o que encontrei?!? Bom vamos começar de dentro para fora:

 A massa 
(Feita de pão de ló e no formato redondo)
  Cada pedaço representa uma pessoa do casal. Para montar o doce é preciso duas partes exatamente iguais, pois representa o encontro das almas gêmeas.
 O Recheio
(Pode ser de doce de leite ou de creme de ovos moles)
A união das duas partes, se dá pelo recheio. Esse creme simboliza o amor que une os apaixonados.
 A Cobertura
(Feito de glacê ou de fondã)
A cobertura, que é um glacê branco e doce feito a base de açucar e simboliza a paz no relacionamento, assim como o véu da noiva representa a pureza (tá a parte da pureza a gente pula XD)
 Os Confeitos
(Não são encontrados em todos os doces)
 Representam os frutos da união das almas gêmeas e isso não se resume apenas aos filhos, mas a todos os tesouros que o casal conquistará junto.

 E então... Se essa não é a receita mais certa, eu não sei, mas que parece dar certo, lá isso parece.

sábado, 4 de setembro de 2010

Num futuro não muito distante XD

 Se meus irmãos deixarem eu influênciar na vida e no gosto dos meus futuros sobrinhos, é assim que eles vão voltar pra casa.

 \o/ Come to the dark side, young Jedi!!!!
 XD

sábado, 28 de agosto de 2010

Estagiário

 Você se lembra da época em que foi estagiário, não ?!

Então olha ai e recorda... Eu morri de rir, porque além de lembrar o meu verão e o da minha irmã (valeu pelo vídeio Bruna) eu cheguei a conclusão que tuudo na vida seria muito mais simples, se você só serviçe cafézinho XD

domingo, 22 de agosto de 2010

Quebrado!

 Acho que alguma coisa quebrou aqui dentro, nada que impeça o funcionamento como um todo, mas definitivamente foi algo irreparável. E assim a vida segue, cada um procurando a sua estrada de tijolos amarelos o leão que perdeu a coragem, o espantalho a inteligência mas só o homem de lata querendo um coração.

 Tolo, eu sei, mas mesmo assim quem não se identifica com um dos três?!?!

 Um desassossego de momento: O que você realmente procura na vida?

 Eu acho que já encontrei tudo o que procurava até o momento, e é certo que perdi a maioria das coisas que achei. Nunca fui boa em guardar nada importante, como dizia a minha mãe, mas a lembrança de todos os achados perdura na memória.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Como será o mapa social do novo século?!?

 Pode parecer estranho, ficcção, delírio... Mas quando a 3º Grande Guerra começar (e ela irá ser entre as maiores potências atuais do mundo) eu sei em quais fileiras eu estarei: Avante Googleer's!

 Assim sendo, acostume-se a vêr a nova divisão política do mapa social!

Brincadeiras a parte XD... Ficou engraçado, visto que nos dias de hoje a primeira pergunta que se faz é: Vc tem Faceboock?

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Nem os santos têm ao certo... A medida da maldade

 Sabe quele horário entre o começo da madrugada e o final da noite? Pois é, acho que esse intervalo de tempo seja o meu calcanhar de Áquiles... Hoje eu não tô muito sossegada e a letra dessa música parece traduzir em linhas e versos aquilo que se inquieta dentro de mim...

           


 Eu queria muito saber qual é a medida da minha maldade ou de lembrar qual foi o meu último sonho.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Mais um na carona da GAGAMania

É senhoras e senhores, todos querem ser Lady Gaga... Até quem não precisa pegar carona no sucesso da moça, caiu de cabeça.



 Jared Leto, da banda 30 seconds to Mars, fez uma adaptação do sucesso: Bad Romance da cantora. Ficou legal, para o meu gosto de "letomaniaca", mas vai saber se cai no seu?!?


 Quer saber? Escuta ai e deixa um depoimento... XD
E antes que alguém me diga: "Poxa Shadow, últimamente você só faz post porcaria... Propaganda, divulgação, poeminha mequetrefe..." 

Eu aviso: Eu não ganho royalties ou cachê por divulgação, mas acho que a arte alheia deve ser divulgada, mantida e incentivada, já que eu... Não produzo nada, a não ser CO2 /o/ - Tá piada infâme, mas vá lá!





quinta-feira, 15 de julho de 2010

Estranhezas...

 Nem sempre o mundo é de gentilezas
Afinal a mão que se estende, o sorriso que se abre,
Quase sempre são meras formalidades, mas rasos de sentimento.

 Onde foi parar o cumprimento avizinhado;
 O gesto de solidariedade despreocupado
 A falta de pretenção em um abraço?

 Os tempos são outros e a frieza cada vez mais se aproxima
 Somos estranhos de nós mesmos
 o que dirá do vizinho?!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Madrugadas insônes são para se refletir.

 As noites nessa época do ano tendem a ser mais longas, mais escuras e profundas. São noites assim que nos levam a pensamentos mais introspectivos, a ponderações que talvez venham a fazer diferença no que somos e temos como verdades até então definidas.

 Ok, um pouco profundo de mais para uma terça-feira (técnicamente 01:00 am), mas sabe aquela sensação que a madrugada trás aos insônes convictos? É nesse período indefinido que as coisas parecem mais certas e possíveis, onde a boêmia se tornava lúgubre e poética e onde a decadência da vida assume um tom onírico quse belo se observado com descuido.

 Os becos, mesmo assustadores, parecem portas ao desconhecido, onde cada luz que se projeta é sépia sob uma pintura sorumbática... Sim as madrugadas são de Byron e sua decadência, são dos sonhos mais impossíveis e também das verdades mais profundas, é nesse limbo entre o dia e a noite que mora a genialidade, a filosofia, o romântismo bobo e a demência dos lunáticos.

 E tomada por toda essa ânsia que as madrugadas me enchem, essa vontade de acertas as coisas que o dia arruinou, resolver as dúvidas que a noite me traz e ir dormir mais leve para recomeçar tudo de novo eu resolvi expressar o quão magica as madrugadas são para mim. Pois é na madrugada que não me preocupo com os "On/Off" da vida e é quando pondero sobre a real importância deles no meu dia.

 Nenhuma resolução de madrugada é duradoroura o suficiente que resista até o nascer do sol, assim como não há embriaguez que se mantenha doce o suficiente para que tudo seja fácil e tenha sentido por mais que alguns suspiros, mas a próxima madrugada promete ser mais escura, mais profunda e quanto amis longa ela for, mais longa será a duração de outra resolução filosófica, auto-protetora e poética.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Tempo II

 O relógio faz tic-tac sob o móvel do quarto, o coração faz tum-dum num compasso alternado. E não importa o tempo relativo, nem o tempo de cada um pois todos os corações batem no mesmo rítimo, pelos mesmos motivos, deixando-se escoar pelo tempo que não para nunca.

 Sozinha ou acompanhada nada dura para sempre, nem a tristeza e nem a desilusão o mesmo vale para o amor ou para a felicidade. Nada é eterno, tudo é perene, assim como eu e você.

 As vezes me sinto plena de vida, na flor da idade e aguardando o momento certo para colocar a mochila nas costas e desbravar o mundo com novos olhos, gestos impetuosos e a coragem dos que não conhecem o tempo. Mas em outros momentos (como hoje) nada parece ter remédio, afinal, o tempo passou e nada se fez. Tudo o que planejei não se realizou, nem mesmo os amores mais tórridos duraram mais que infimos minutos, pois nada e para sempre e o tempo continua, como o relógio insiste em me apontar... Tic-Tac.

 Olho para ele uma, duas, três vezes antes de me convencer que não há o que se fazer. Mesmo que eu segure os grãos de areia que escorrem de todas as ampulhetas ou que eu drene todas as clepsidras do mundo, nada vai fazer com que o tempo se detenha ou que eu recupere o que passou.

 E se passou, junto com o tempo se foram as palavras, os sentimentos intensos e as pessoas e de tudo só restou a lembrança, nem sempre tão boa ou clara. Me sinto esmagada por kilos de areia, afogada por litros sem fim de água e no fundo a única coisa que eu ainda desejo, do fundo do meu coração... Ainda é um último sorriso.

domingo, 4 de julho de 2010

The Borgias

 Eu não sou de fazer propaganda, ainda mais depois de ficar quase um mês sem postar nada, mas... Essa eu preciso comentar.

 Como alguns de vocês devem saber, eu adoro História, cheguei a cursar 4º semestres do curso e só não retornei nesta última oportunidade pois o tempo me impede (me formar com mais de trinta tem sido um fantasma que estou tentando exorcisar a qualquer preço). Pois bem, essa minha paixão confessa por história faz com que eu me sinta atraida por determinados assuntos e um deles são as adaptações que se tem hoje de períodos e fatos históricos para os meio de entretenimento.

  Uma enxurrada de novelas, filmes, livros e séries tem se multiplicado nos últimos anos, alguns, obras de arte confessas como é o caso de "O Nome da Rosa"... Mas confesso que me vi apaixonada pela série "The Tudors" que passa pela Showtime (nos EUA) e aqui no Brasil pela People & Arts. Mesmo com os erros históricos (ou seria a licença poética?!?) e os equivocos temporais a série é um primor no quesito figurino e locações, além de ter um elenco muito bom. Pois bem, elogios a parte, depois de 3 temporadas e com a 4º já anunciada como a última (afinal, depois da 6ª esposa, não há muito o que contar sobre o Rei Henrique VIII) eu já me preparava para o vácuo que o meu HD ia ficar - entenda-se que baixo as temporadas XD.

 Desesperada por informações que suprissem a minha necessidade histórica ficcional, me coloquei a procurar por futuros lançamentos e o que encontro?!?!

 Para minha surpresa vejo este anúncio fantástico com ninguém menos que Jeremy Irons, para o próximo ano... Em substituição da série The Tudors, vai entrar BORGIA... *_*  - Dá pra imaginar alguém mais feliz?!?

 Se o rei Henrique escandalizou a Inglaterra com sua reforma religiosa e suas inumeras esposas, devo dizer que ele não fez nada se comparado a história conhecida dos Borgia, que entre tantos nomes conhecidos (e execrados) está a do Papa Alexandre VI. A história da família é tão cheia de eventos cabulosos e especulações históricas que já rendeu mais de uma adaptação para o cinema e para o teatro, sem falar em romances, bibliografias e livros ilustrados. Neste último exemplo se destaca, na minha opinião, o trabalho do Sr. Milo Manara (meeeestre), cujas capas estão logo abaixo e recomendo.



 Sendo assim, já começei a baixar a última temporada de The Tudors, mas agora não mais com pesar e sim com uma ponta de ansiedade visto que Borgia ja é bom e com Jeremy Irons é só promeça de ficar ainda melhor.

domingo, 6 de junho de 2010

Tempo...

 A dias ando com vontade de postar, mas andava sem idéias, achava que era por causa do tempo (falta dele) ou até mesmo bloqueio criativo...Sim, afinal, não há razão para postar algo besta, uma atualização do meu dia (sagrado Twitter) ou simplesmente desabafar as agrugras de uma vida, que pouco interessa aos demais.

 Nesse impasse, os dias foram se passando e eu tentando encontrar algo legal pra colocar aqui, talvez escolhesse, ou achasse, assuntos sobre o "dia dos Namorados", "dia internacional do NERD", alguma curiosidade legal, sei lá... Até vêr esse vídeozinho que o Chimia-Sama postou.




 Olhei a primeira vez, depois uma segunda... Antes do final da terceira eu já estava "respirando". Não trabalho no momento, mas sinto a mesma ângustia da repetição, a rotina a qual nos sentimos presos de uma forma quase escrava... E para quê? Nada vai mudar ao final do dia, se você trocar aquela água mineral (entupida de sódio), por um suco que vocês mesmo prepara. Ninguém vai deixar de viver, porquê você tomou café da manhã sem ser olhando para o relógio entre uma mastigada e outra... Nada vai mudar, se você prestar um pouco mais de atenção em você, por isso, cuide-se! Ame-se!

 Pode não mudar nada na sua vida ou pode ser só uma dica... Mas eu vou tentar não me deixar levar, pela minha própria escravidão.

sábado, 29 de maio de 2010

Arte... Pode ser muita coisa!

 Tenho falado muito em arte últimamente... As vezes falo bem, as vezes falo mal. Mas minhas ocilações são justificáveis, disso eu lhes asseguro, afinal, quem sabe me dizer o que é arte? O conceito é muito abrangente, visto que o conceito de arte vaia lém da conformidade popular, a meu vêr é uma questão subjetiva que envolve crenças variadas e vivencias distintas (visto que o que é arte para mim, pode não ser arte pra você) :P

 Pois ontem, estava eu zanzando pelas webs da vida, quando o Tako me apresentou uma tirinha muito legal (nada a vêr com arte, lhes asseguro) mas me deixou muito curiosa com relação ao resto do site... E não é que achei a imagem precisa do que resume pra mim o que é arte.



 Depois dessa, meus caros desassossegados, questionem o que andam chamando de arte por ai, pois pode ser apenas um problema de mira XD.

 p.s: Gostou? Então clica no título deste post e visite o "Capinaremos"... Eles tem coisas hilárias por lá!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A história próxima... E seus absurdos.

 Andava pelas ruas deste meu porto não muito alegre... Não, acho que não devemos começar assim, mas de certa forma foi isso mesmo que aconteceu. Pelotas tem se tornado meu porto de regresso e foi andando pelas suas ruas antigas que me deparei com um monumento honorífico inusitado. Uma estátua do Lobo da Costa.

 Ok, alguém vai perguntar, mas quem raios é Lobo da Costa. Se você faltou a sua aula de história, lááá no 2ºGrau, não fique triste, eu explico, afinal a Wiki tá ai pra ajudar nessas situações . XD

 Francisco Lobo da Costa foi um jornalista, poeta e teatrólogo brasileiro, que nasceu aqui em Pelotas no meio do séc. XIX. Começou apúblicar poesias no jornal Eco do Sul e serviu na Guerra do Paraguai.

 Esclarecido esse detalhe, retorno a questão de porque fazer este post. Essa estátua, muito bem trabalhada, fica no que marca o fim (ou começo) de uma vala de Pelotas. Estranhei a escolha do logar para tal obra e questionei meus colegas. Um deles, Miguel - ator, webdesiger, estudante de Artes Visuais - me olha com estranheza e pergunta se eu não sabia que vala era aquela... Óbviamente eu não sabia, afinal, mesmo não sendo a minha primeira estadia em Pelotas, confesso que nunca me interessei muito por detalhes pitorescos da cidade, além dos convencionais... Que grande engano eu havia cometido até aquele momento.

 Meu colega, começou a me questionar sobre o que eu sabia da história de Pelotas e ao se dar de minha quase que total desinformação me fala que aquela (sim aquela valinha mesmo) era a Vala dos Artistas. Local onde, durante mais de 2 séculos, servia de cova "coletiva" para os mendigos, proscritos e artistas da cidade. Ri da observação, afinal de contas... Quem em sã consciência manteria uma atrocidade dessas assim, aberta no meio da cidade? Seria como abrir visitação aos fornos dos campos de concentração, e... Para meu espanto, me dei conta que era exatamente isso que se faz hoje em Auschwitz.

 Mesmo assim, não levei a sério a questão, mas essa idéia de uma vala no meio da cidade, em pleno séc. XXI, que ainda era mantida aberta como uma cicatriz na conduta impecável da cidade e que para ajudar, tem uma estátua de um dos seus "sepultados" célebres?!?! Encucada com isso, resolvi pesquisar.
 Para meu espanto, não achei muita coisa, até o momento - ok, ok isso foi a menos de 72hs - mas o que encontrei foi o seguinte:

 Lobo da Costa morreu nas ruas, um mês antes de completar 35 anos... Seu corpo foi encontrado por um carroceiro nas ruas de Pelotas, nu e desprovido de qualquer uma de seuas posses em meio a chuva que é tão característica da região... Afora isso, mais nada que tenha uma fonte confiável. Mas a vala continua lá, com seus segredos, pavimentada e mantida sob o olhar plácido de um observador ilustre... Será que foi lá, onde seu corpo foi jogado, antes de ser identificado? E quantos outros poetas, artistas e pensadores tiveram o mesmo destino? Eu não sei, ainda... Mas vou continuar procurando saber.

 Enquanto isso, uma das poesias desse calado observador:

MINHA TERRA

Lá, na minha terra, quando
O luar banha o potreiro,
Passa cantando o tropeiro,
Cantando, sempre cantando;
Depois, avista-se o bando
Do gado que muge, adiante;
E um cão ladra bem distante,
Lá, bem distante, na serra;
Nunca foste à minha terra?!

Enfrena, pois, teu cavalo,
Ferra a espora, alça o chicote
E caminha a trote, a trote,
Se não quiseres cansá-lo.
Ainda não canta o galo,
É tempo de viajares.
Deixarás estes lugares,
Iras vendo novas cenas
Sempre amenas, muito amenas.

O laranjal reverdece,
E ao disco argênteo da lua,
Logo os olhos te aparece
A estrela deserta e nua.

sábado, 22 de maio de 2010

Cozinhando idéias... Servindo distrações.

 Sabe aqueles dias em que você acorda com a determinação de fazer algo que irá mudar a concepção de vida que o mundo tem ?!? É aquela vontade de ser diferente, fazer mais, acordar ás 6 da manhã de um sábado, pra correr, fazer serviço voluntário, descobrir a razão da vida, mudar o universo... E ao virar do meio-dia, depois de um lauto almoço, vc se dá conta que o que lhe resta é apenas a distração do pensamento, enquanto fica esticada no sofá, apenas olhando as nuvens caminhando de forma lenta do céu. Será isso o conformismo ou a simples constatação de que nada se faz num único dia?

 Pensando nisso, me dei conta que diárimaente, iniciamos um processo de mentalização e estruturação de idéias revolucionárias, pensamentos filosóficos e políticos, que se fossem colocados em prática (ou simplesmente exteriorizados) poderiam mudar o que somos e o que acreditamos. Mas que por não drmos importância, acabam morrendo naquele cantinho escuro e bolorento da nossa memória... Afinal quem aqui já não teve uma ou outra "epifânia" monumental, naquele estado semi-dormente das primeiras horas da manhã ou no simples intermeio de lucidez e embriaguez constrangedora. Pois é, podiamos salvar o mundo, se tivessemos um gravador sempre a mão ou o bom e velho bloco de notas.

 Logo não é que usemos apenas 10% e nossa capacidade mental, e isso seja o que nos limita no desenvolvimento de nossas capacidades e sim, o fato de nos pegarmos mais organizando e descartando idéias do que realmente executando-as. Um bom exemplo, são esses momentos "mágicos" onde tomamos nossas determinações mais impulsivas (como acordar ás 6hs da manhã de um sábado, para fazer algo que tenha alguma relevância) acreditem, os gregos foram os maiores pensadores da humanidade e não tinham computadores ou viajavam a outros planetas... Mas eles colocavam em prática (ou pra fora) seus momentos de genialidade, por mais estranhos que fossem.

 Será que estamos enferrujados? Acaso não teriamos esquecido como é extravasar o pensamento, por preocuparmo-nos de mais com a opinião alheia (sim, afinal, quem é louco de acordar ás 6hs da manhã, só pra vêr o sol nascer por puro momento de inspiração?!?).

 Idéias e conceitos afloram todo dia, resoluções e resultados se perdem a cada segundo de existência por nos deixarmos levar pelas distrações da nossa sociedade. Você vai deixar isso continuar ou simplesmente vai se deixar levar pela maciez do sofá, enquanto pondera cada linha escrita... E deixa mais essa grande idéia, ficar guardada no cant da mente, onde o sono de depois do almoço fica guardado.

 Ficou distraido também, pode confessar... Afinal, que enrrolação é essa ai de cima. Idéias brilhantes perdidas, sofás confortáveis e quentinhos... Bhá, quanta babaquice num único lugar... Vou seguir aqui, só pensnado em mais alguma coisa, nesse meio tempo. Deixa eu apenas ruminar.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Chuva e chuva...

 Em Satolep, chove torrêncialmente a pelo menos um dia... A chuva sempre esteve presente na minha vida, no mês do meu aniversário, que é um dos que mais chove no hemisfério sul, sempre chove no preciso dia do meu nascimento. Minha mãe conta que, no dia que nasci, a algumas décadas atrás, chovia tanto, que era difícil saber se era dia ou noite.

 Nos últimos meses, tem chovido bastante também, este ano, no verão... Choveu pra caramba, o começo do ano, choveu pra caramba... Agora, está chovendo pra caramba ><'. E eu sempre me sinto assim, como me sinto hoje, meio cinza, meio molhada (feito um pinto), meio desenchavida e sem graça.  Lá fora o vento ruge, xaqualhando as árvores e embalando a chuva que bate na janela, mesmo assim sinto o frio que escapa pelas frestas e me atinge como navalha.

 Por que será que me sinto assim, sempre que chove? Justo eu que nasci com chuva (que sou chuva), que só queria ser chuva pra  escorrer livre pelo teu rosto e sussegar, quando encontrasse a tua boca... Será que um dia vou poder ser gota de novo ou vou ser vento pra sempre?!?!

 Não gosto de vento e nem de como me sinto com chuva. Acho que preciso de sol, sei lá, fotosintetizar um pouco pra vêr se entro nos eixos, se volto a vestir um sorriso ou simplesmente correr por ai... É, quem sabe afinal, com as brisas quentes da primavera, eu volte...

 Ou me acostume a ser assim mesmo.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A figura mítica das fadas, na arte do Realismo. Oo

  O realismo foi um movimento que teve início no século XIX em contra parte ao romântismo. Esse movimento artístico teve como fundamento intelectual o Positivismo, Determinismo e o Darwinismo e se dava atravéz da observação e produção de obras, com enfasê na realidade, na razão e na ciência.

 Mesmo assim é nesse mesmo movimento, onde resurge a mitológica figura da fada, imortalizadas em grandes telas como as de Daniel Maclise, Nils Blommer, Johann Heinrich Fuessli, Robert Alexander, Hillingford, Sir Joseph Noel Paton, Theodor Kittilsen, Richard Dadd, Luis Ricardo Falero, Hans Zatzka, John Anster, Fitzgerald e John Georg Naish.

 Pode parecer um contrasenso, visto que "fada" é uma criatura mítica (dãããã ¬¬), encontrada principalmente no folclore das civilizações Célticas, Anglo-saxãs, Germânicas e Nórdicas e que por definição do escritor e folclorista inglês Joseph Ritson, na sua dissertação On Faries, definiu as mesmas como uma espécie de seres parcialmente materiais, parcialmente espirituais, com o poder de mudarem a sua aparência e de, conforme a sua vontade, serem visíveis ou invisíveis para os seres humanos.

Logo porque elas aparecem com tanto peso, cor e frequência no movimento que deveria nos mostrar o "real"?!?

 Atrevo-me a dizer-lhes, caros desassossegados desta noite, que é por conta da própria realidade... Parece confuso, não é mesmo, mas em verdade não o é por um simples detalhe. A realidade em demasia é enfadonha, triste e desestimulante, na maioria das vezes; Já o mito, o sonhar e o idelalizar é o que nos move adiante, mesmo com toda a realidade do mundo.

 Estes são os primeiros minutos da segunda-feira, um início de semana bem real, cheio de provas, trabalhos e discussões está prestes a começar e por isso, eu lhes deixo um pouco de Debussy e as fadas... Para que mesmo em meio a relidade indivissível, ainda sobre uma parte do sonhar.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Procura-se

Me descreve, no sentido mais profundo da palavra, cada letra, cada estrofe... Dúvida?Olha ai então, quem me conheçe sabe, eu não estou mentindo.


segunda-feira, 10 de maio de 2010

On The Rocks



 Vi esse, adorei e fui atrás... *_* Eles tem mais umas três apresentações assim, em lugares completamente nada a vêr, mas todas elas são assim. Os caras são bons, pelo menos "balançam" as minhas noites de desassossegos frias, nos últimos tempos.

 Kissu!

sábado, 8 de maio de 2010

O inverno já chegou, sim senhor!

 Dá pra acreditar... Eu sei que to no sul, mas poxa... Maio, é maio ainda T.T
Agora dá uma olhada no que o termômetro marcava ontem , no fim da aula.



Não, não é brincadeira ou truque de fotografia... 1º grau! Tem noção do frio que é 1º em uma cidade úmida?!

~.~ Por mim, nem da cama eu saia mais, até o sol voltar a aquecer essa parte do hemisfério. E tenho dito!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O que veio antes?

 Esse post está pronto a alguns dias, mas andava rolando dentro da minha mochila, junto com os desassossegos da semana, mas a noite de hoje está calma e a tv emite sua luz sem o som, para que apenas o "tec-tec" do teclado possa perturbar a minha concentrção, enquanto sigo me questionando sobre a mesma coisa... Ícaro, sua frase foi bem melhor que você podia imaginar.

 Mas para que tudo fique claro, vamos começar do princípio e isso foi na seguda-feira passada, quando estavamos sentado a divagar sobre a existência entre um tempo e outro de desenho, quando ocorreu-me: O que veio antes de tudo?

 Raposa, discorria sobre a ciência e suas aplicações (sim esse foi o princípio, hora bolas) quando Ícaro contrapoz - entre um gole e outro da boa e velha Coca-Cola: O que veio antes; O eu ou o nada?

 O silêncio foi instantâneo, seguido de sorrisos desconcertados, para logo depois, mudarmos de assunto. Duchamp e contemporâniedade... Toda aquela conversa cabeça dos cafés universitários. Mas o questionamento permaneceu martelando (e acredito que não só na minha cabecinha de melão). O que terá vindo antes???? Oo


Você ai sabe? Alguém no mundo sabe?!?!?!?

 A questão é filosófica ou existêncial, somos levados a crer no "EU" como princípio - visto que: Se penso, logo, existo - ou foi numa sequência de acidentes biológicos, que por uma mera causualidade, resultou no que somos e concebemos.

 Hoje já sexta e eu ainda consigo ouvir a voz econando naquele café quase vazio.... O eu, ou o nada?!
Espero descobrir que o eu tenha vindo antes do nada, pois o nada é ausência de tudo e eu... Bom, eu sou alguma coisa, e você?!


 Uma sexta insône, uma semana sem maiores adendos... Além de que continuo aqui, me desassossegando cada dia mais, ou sendo cada dia mais eu.




domingo, 2 de maio de 2010

Sabá da Colheita

 Ontem foi Samhain, o festiva da colheita e/ou ano novo para todos os que professão o paganismo. Este é sem dúvida o meu Sabath preferido, pois é nele onde o inverno é anunciado, onde o Deus parte e a Grande Deusa entra em sua fase oculta de mediadora dos segredos...
 Para muitos, essa é a data do halloween no hemisfério sul, data onde o "véo" entre os mundos fica tão fino, que é possível se vêr atravéz dele. Período onde os que se foram, retornam para comer e beber da mesa dos vivos e aquecer-se em suas antigas lareiras, mas não é por isso que gosto tanto de Samhain, mas sim por que é mais ou menos nessa data onde os fogões a lenha dos pampas começam a ser acessos. É nessas temperaturas que as pinhas começam a cair para irem para a panela e garantirem o intertedimento dos pequenos e onde as rodas de mate se tornam mais longas e amigáveis.
 Além de que... Aqui, assim como no resto do mundo, se comemora o dia do trabalhador (Oo que coisa sulreal comemorar a permeabilidade dos mundos para os pagões e o trabalho para o resto do mundo, mas...) Nem sei porque posto esse desassossego para vocês, deve ser a qantia de alcoól no sangue que me impede de manter um pensamento ordenado sobre muitas coisas e nenhuma. Mas o que queria mesmo era dizer:

 "Lembrem-se dos vivos hoje, como pranteiam os que se foram... Pois os que ficam são tão ou mais importantes."

 Nossa, que post "non sense"... Perdoe-me. Sentimentalismo, bebedeira e insônia nunca foram uma mistura adequada, principalmente quando vem seguidas de um sentimento de desalento "MONSTRO".
Queria estar em qualquer lugar, menos aqui, mas não posso ir muito além... Será que o além existe? Hoje eu me questiono se alguém do além me ouve, pois acredito que não T.T


  No mais, inté e bom Samhaim a todos e que os que foram e que possam continuar a velar por nós e levar nossos pedidos para o outro lado.

 Kissu

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Noite de Luar

  Acabo de postar, sei disso, mas este poste de baixo já estava pronto a alguns dias e por isso, não pude deixar de enviar este, que além de ser "quentinho" é também de presente a todos os desassossegados que estão apreciando a lua cheia que está lá fora, mesmo com o frio. (sim, pois aqui em Satolep, faz 7ºC) >< Frioooooo pra burro e nem estamos no inverno! Ainda assim, estou com as janelas e portas da sacada abertas para poder observar a lua cheia lá fora, que mais parece um disco de prata suspenso num veludo negro. Uma noite como essa, mesmo gelada, inspira poesia e retidão, afinal, o quão pequena é a nossa existência, se comparada a imensidão que parece nos abraçar...

 Quando o homem foi a lua, o local onde pousou a Apollo 11, foi chamado de "mar da tranquilidade", ma será que lá de cima Neil Armstrong e seus colegas sentiram o mesmo que eu sinto ao contemplar a lua, como vejo agora? Ouso pensar que não, pois pra mim, existem certas coisas que não foram feitas para serem conquistadas, nem mesmo para serem possuídas e isso se aplica a tantas coisas e de formas tão amplas que nem caberia escrever aqui.Afinal, noites como essa, inspiram divagações românticas, arroubos de paixão ou para pessoas como eu inspiração para escrever  que lhe vai a alma.

"Caberia eu, nos teus braços, se eu fosse pequena como uma estrela?
Ah! Lua alada, que vaga mudando a face...
Hora somes sob o céu
Em outras retorna, cheia e luminosa
Deixa aquecer-me na tua prateada luz
Enquanto embalo meus desamores no sorriso teu."

Uma noite sossegada, num vasto quarto iluminado... Espero que a companhia da lua me baste para manter a alma leve e o sorriso das faces.

A Paris que eu nunca verei

 Andando pelas ruas eu vejo a ostentosa história que já cruzou por estes casarões, nada aqui é como no resto do país, tudo é mais, tudo é melhor e mesmo assim, ainda perece... Será essa a Paris que eu nunca verei?
Sim, pois Pelotas foi (ou ainda é) a Paris do Brasil, com seus telhados modelados, suas cúpulas torneadas e seus frontões neo clássicos espalhando-se pela cidade, tudo em Pelotas respira e transpira história, tradição e de certa forma doçura. Seja nas suas casas de muros baixos e jardins mimosos ou pelas grandes casas, que mais lembram palacetes em pleno centro da cidade, ou quem sabe, pelo cheiro de caramelo e fios de ovos, que parece nos despertar todas as manhãs...
  Se Paris não for assim, sinônimo de beleza, cultura e aristocracia... então essa não é a Paris que eu quero conhecer... Pois aqui se encontra belezas em todas as partes (não tão bem conservadas ou amadas, como deveriam ser) mas ainda assim você se pega surpreendido pelo séc. XXI em algumas esquinas ou pela mini-saia das meninas.
 Aqui a arte salta aos olhos, seja na arquitetura de um prédio, que ainda mantém em sua fachada uma ninfa alada a recepcionar os passantes ou nos afrescos de Locatelli, que maravilham os olhos daqueles que entram na catedral. Esta tudo ali, ao alcance dos dedos ou das lembranças. Esta Paris "sulista" é elite e tradição até mesmo nos nomes que exporta, quem nunca ouviu falar de  Simões Lopes Neto, na literatura, Leopoldo Gotuzzo, na pintura, Antonio Caringi, nas esculturas... Essa minha Paris, mesmo assim não é tão esnobe quanto parece, pois ao contrário do que acontece na outra (sim aquela do outro lado do Atlântico) aqui as belezas são de graça e sem filas de espera. Aqui você visita o Solar da Baronesa pela manhã, aprecia as obras de Locatelli a tarde e a noitinha, ainda aprecia o por do sol as margens da Lagoa dos Patos... Como eu disse, temos tudo... E esta Paris que eu vejo aqui, não é a que os outros vêem, assim como a Capital francesa, nunca será tão calma e silênciosa, quanto a que me acolhe aqui.

sábado, 24 de abril de 2010

Dessassossegada por natureza!

  Inspiração não nos falta, mas a ausência de sossego na vida pode nos tornar naturalmente ansiosos, descrentes, desassossegados... Não que a paz seja impossível de ser encontrada, mas simplesmente somos assim em essência, sempre buscamos mais, nunca nos contentamos com o que já conseguimos, estamos sempre olhando mais longe, querendo saber o que existe mais adiante o que o futuro nos reserva. E acredito ser essa a causa do meu desassossego, na verdade a alma da minha própria alma.

 Mas como dar vazão a essa constante insatisfação?

 Normalmente fazendo coisas que nos tiram o foco, nos relaxam ou simplesmente que somos realmente bons. Alguns desenham, outros praticam esportes... Eu escrevo, sempre escrevi em verdade, não muito bem nem com muita dedicação ou atenção, mas sempre achei que das duas uma: "Ou falo o que me aflige, ou escrevo o que me enche." Pode parecer infantilóide, mas até os dias de hoje tenho sempre uma agenda, bloco ou folha dentro da bolsa, sempre uma caneta milagrosa e esses dois juntos, são melhores que o relaxante mais eficaz do mundo. E foi justamente por causa deste hábito, que o "desassossego" está nascendo hoje.

 Agora, talvez alguém pergunte: E o que isso tem a vêr com um blog? Quem quer saber das suas variáveis emocionais ou dos seus desassossegos. Querida, se enxerga!


Bom, se você está se questionando isso, é porque meu intento já foi alcançado. Percebi que muitas dos meus desassossegos, são bem parecidos com o que acontece no SEU dia-a-dia (isso ainda se separa com "-"? Oo) e as vezes, uma visão diferente sobre o mesmo assunto é tudo o que precisamos para que as portas, literalmente, se abram em nossa percepção. Além de que, asseguro a vocês, eu muitas vezes posso ser engraçada, nas minhas tentativas de drama do cotidiano... Ok, ok nada de Shakespeareano, mas ainda assim, sei que não sou de todo, uma sem graça.

 Além de que, gosto de dividir, sou sincera (até quando me estrepo por isso), curiosa e talvez, apenas talvez, você venha a gostar de simplesmente lêr o que escrevo... Já pensou nisso? Não almejo grandezas ou reconhecimentos póstumos, não quero dar autógrafo nem aparecer na crítica da folhha de SP ou na Zero Hora. Só quero me desassossegar e se poder ser com você, será ótimo. Afinal dois desassossegados juntos, podem conseguir sussego... Imagina se forem vários desassossegados!

 Bom, acredito que para um post de apresentação do blog, este já esteja mostrando a que viemos (sim viemos, pois eu e o blog somos duas entidades a parte - megalomânia? Nem de perto ¬¬)

 Fica aqui uma abraço de estréia, o convite para a espumante é mais tarde, quem sabe... Eu falei de mim ou de um desassossego?!?

 Kissu